Biosseguridade: 7º, 8º e 9º elos
Bem-vindo! Nesse blog, continuaremos a falar sobre os elos da biosseguridade. Como destacamos anteriormente, cada um dos 9 elos desempenha um papel crucial na defesa contra a propagação de agentes patogênicos, contribuindo para a preservação da saúde pública e ambiental, bem como para manter a produtividade e a rentabilidade das exportações agrícolas. Aqui, nosso foco relembra os detalhes do sétimo, oitavo e nono elo - Padrões Operacionais, Educação Continuada e Plano de contingência.
7º: Padrões Operacionais
Imagine que, após estudar todo nosso conteúdo sobre os nove elos da biosseguridade, você queira implementar mudanças na sua granja, ou mesmo reforçar bons hábitos com seus funcionários. O que você faria? Talvez tenha pensado em fazer uma reunião, e repassar o que foi aprendido a eles. Essa é uma ótima ideia! Mas, para que as atividades sejam realmente executadas a longo prazo, e da maneira correta, o ideal é que, além do treinamento, todos tenham fácil acesso a uma descrição detalhada dos procedimentos, os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). Assim, você está um passo à frente de que seus funcionários estejam agindo de acordo com os princípios da biosseguridade. Além disso, facilita a passagem de conhecimento para novos funcionários, revisão de procedimentos, detecção de pontos de fragilidade nos processos, além de poder cobrar com maior rigorosidade o cumprimento do que está descrito. Com isso, terá maior eficiência e grande potencial de aumentar a produtividade e organização do negócio! Em casos de auditorias (internas ou externas) da granja, você estará preparado para apresentar, em detalhes, as atividades adotadas, demonstrando a seriedade, comprometimento e integridade da sua granja! Os POPs devem conter:
Descrição detalhada das atividades;
Apontar as pessoas/cargos responsáveis por realizar determinadas tarefas;
Explicação de como e quando registros das atividades devem ser realizados;
Como e quando monitorar as atividades para verificar a conformidade com os padrões.
É importante que, ao longo do tempo, os POPs sejam revisados e atualizados, traçando novas estratégias para melhoria.
Exemplos de Práticas:
Controle de Acesso: Como e quem pode entrar na granja;
Higiene pessoal: como os funcionários devem se higienizar antes, durante e ao final do expediente;
Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos: como e quando devem ser limpos;
Manejo de animais: como manejar os animais, a fim de evitar estresse e, portanto, diminuir o risco de doenças;
Controle de roedores e insetos: medidas para evitar e combater.
8º: Educação Continuada
Pode ser que, mesmo com POPs, seus funcionários não estejam cumprindo da maneira correta os afazeres. Isso pode ocorrer intencionalmente ou não. O que ocorre muitas vezes é que o funcionário não entende o motivo de certas atividades e, por isso, passa a dar pouca importância e desvalorizá-la. Mesmo que alguém cobre e diga: “é importante, tem que ser feito!”, a ordem é acatada momentaneamente e, assim que o funcionário se vê sem acompanhamento, ele passa a executar como bem entender, como julga ser melhor. Nessas situações, ao invés de repreender o funcionário, pode ser mais efetivo que você converse com ele, buscando entender o por que ele faz da forma como faz, e o porque ele não faz como descrito. Assim, você pode se posicionar em busca de resolver um problema que seu funcionário apontou (como uma ferramenta que está estragada), que talvez você nunca saberia, ou, a partir da explicação do funcionário, pontuar argumentos do por que o método descrito é mais adequado. Lembre-se: o seu funcionário deve ser valorizado, ouça e dê valor aos seus conhecimentos. A retribuição será sinceridade e dedicação. Para além das conversas individuais, devem ser feitas também atividades em grupo, como realização de treinamentos, palestras, workshops, simulados e reuniões para a capacitação dos funcionários, sempre os atualizando sobre as práticas adotadas pela granja, buscando ser compreendido e compreender, para que seja feito um bom planejamento e efetivação das práticas de biosseguridade.
9º: Plano de Contingência
O Plano de Contingência é um documento específico para cada granja, que deve conter as ações a serem tomadas levando em consideração os riscos existentes para a propriedade, por exemplo os patógenos presentes na região em que está localizado, ou das regiões dos fornecedores de novos animais ao plantel. O Plano resulta na agilidade da resposta a emergências, e consequentemente, na minimização do impacto de doenças. Além disso, permite melhor comunicação com todos os envolvidos e afetados, aumentando a confiança dos clientes, gerando maior credibilidade para o estabelecimento.
Elementos do Plano de Contingência:
Identificação dos riscos: listagem das doenças, probabilidade de ocorrência e consequências das doenças que podem afetar a granja;
Ações de prevenção: as medidas que podem ser tomadas para prevenir a introdução de doenças na granja. Ex: quarentena, vacinas, desinfecção e outras medidas;
Ações de controle: o que deve ser feito caso uma doença seja identificada, como conter e eliminar a doença;
Comunicação: como e em quais casos deve ser comunicado o surgimento da doença para as autoridades, clientes, fornecedores e comunidade local;
Recursos: Quais são os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para implementar o plano de contingência;
Responsabilidades: Quem é responsável por cada etapa do plano de contingência.
Treinamento: Como os funcionários da granja serão treinados para implementar o plano de contingência.
O plano de contingência deve ser revisado e atualizado periodicamente para garantir que esteja sempre eficaz, de acordo com a realidade da granja. Além disso, deve-se capacitar uma equipe de resposta a emergências e fazer testes do plano, assim, estará muito mais preparado e o risco de ser pego desprevenido será menor.
Conclusão
Os elos da biosseguridade se entrelaçam para formar um forte escudo contra doenças, contribuindo para a saúde animal e a produtividade da granja. Ao investir na implementação desses elos, a granja se torna mais resiliente, protege a saúde pública e ambiental, conquista a confiança dos clientes, garantindo o sucesso a longo prazo.
Lembre-se: a biosseguridade não é um custo, mas um investimento que gera retornos em saúde, produtividade e confiança.
Agora que você já sabe da importância da biosseguridade e tem interesse em manter sua propriedade mais segura, saiba também que a VetJr oferece serviços que podem contribuir para te auxiliar na implementação dos 9 elos da biosseguridade, além de diversos programas como a nutrição ideal, planejamento das instalações, bem-estar animal, dentre outros.
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Desenvolvido por: Agatha Lemos Rezende Cristeli de Araujo e José Eduardo Dezotti Junior
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