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Matrizes Suínas Hiperprolíficas e suas Implicações


A suinocultura brasileira está em constante melhoria nos índices produtivos. As matrizes suínas destinadas à reprodução vêm sendo melhoradas geneticamente, e selecionadas de acordo com o aumento da sua taxa ovulatória e, por conseguinte, o aumento da leitegada - número de leitões nascidos por vez. Esse aumento possibilita uma melhor produtividade de fato e, consequentemente, maior ganho econômico.


Em decorrência disso, houve o surgimento de problemas relacionados com o peso ao nascimento (PN) e leitegadas desuniformes, ou seja, com pesos variados. O peso do leitão ao nascimento é um fator extremamente importante relacionado à sua sobrevivência, e para um bom desempenho até o momento do abate. Com a variância do peso ao nascimento, a mortalidade de leitões recém nascidos até o pré-desmame representa um grande entrave econômico na suinocultura.


Os leitões com baixo PN possuem menor reserva energética corporal, menor capacidade termorregulatória, sendo assim propensos a hipotermia, eles demoram mais tempo para ingerir o colostro e então, eles têm menor aquisição de imunidade passiva. Além disso, são mais propensos a perda de peso significativa nas primeiras 24h de vida, o que gera um quadro de subnutrição, aumentando a mortalidade e o seu desempenho. Os leitões com baixo PN apresentam, ainda, um pior rendimento de carcaça, percentual de carne e área muscular de lombo e maior percentual de gordura interna.


Além da seleção genética, outro fator que pode afetar o tamanho da leitegada e o peso ao nascer dos leitões é a capacidade uterina da matriz, o peso ao nascer tem influência da quantidade de nutrientes fornecidos pela placenta, tamanho e fluxo sanguíneo, que são características relacionadas à eficiência placentária que é medida através da divisão do peso ao nascer do leitão pelo peso da placenta. Eficiência placentária elevada permite que placentas menores sejam capazes de manter o feto com desenvolvimento adequado. Dito isso, para que ocorra melhora e aumento da taxa de sobrevivência de leitões na fase pré desmama, é necessário que a porca tenha boa habilidade materna, um alto número de tetos funcionais e boa produção leite compatível com o número de leitões.


Dessa maneira, determinadas características essenciais como eficiência placentária e tamanho de placenta devem ser incluídas em programas de melhoramento genético, para assegurar a produção de leitões mais homogêneos e, consequentemente, de melhor viabilidade. Outro modo de evitar a alta mortalidade é mensurando a variabilidade do peso ao nascer, considerado o seu coeficiente de variação, medindo a uniformidade de peso dos leitões ao nascimento. É recomendado que as granjas adotem a pesagem individual dos leitões ao nascimento rotineiramente. Essa informação auxilia na tomada de decisões do aproveitamento e manejos dos leitões, especialmente daqueles que nascem com baixo peso.


Para concluir, nutrição e o manejo alimentar das matrizes devem ser valorizados e praticados, sempre respeitando as diferentes fases reprodutivas em que as fêmeas se encontram, no intuito de proporcionar uma alta qualidade nutricional e assim um bom peso do leitão ao nascimento. Associando a genética e nutrição, contribui no aumento da sobrevivência dos leitões durante a fase de lactação e com o aumento da viabilidade econômica. Para tal, os produtores e os técnicos responsáveis pelo manejo das granjas devem avaliar o manejo adotado com os cuidados necessários para preservar a produção suína. Deve-se atentar para aumentar o consumo de colostro dos leitões mais leves, pois são mais propensos a problemas de desenvolvimento e imunidade. A atenção voltada aos leitões mais fracos, com práticas simples minimizam as possíveis perdas.


O manejo realizado de forma correta é a garantia de uma boa produção e de lucros. Nesse sentido, a VetJr. presta serviços de consultoria veterinária às propriedades, tendo como um de seus serviços o manejo nutricional, auxiliando o produtor a maximizar os efeitos de sua produção. Venha conhecer nossos serviços!


Escrito por: Amanda Sousa


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Avicultura@vetjr.com

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